Entrevistas com Economistas: a década de 70 está de volta?


Adolfo Sachsida entrevista:

Roberto Ellery;
Alexandre Schwartsman;
Mansueto Almeida;
Leonardo Monastério.

As perguntas são as mesmas para todos, referentes a um possível retorno às políticas dos anos 70 que resultaram, posteriormente, na “década perdida” dos anos 80. Eu recomendaria ao Adolfo entrevistar também o Bernardo Mueller, se já não estiver em seus planos.

5 pensamentos sobre “Entrevistas com Economistas: a década de 70 está de volta?

  1. Até agora li as três primeiras. As respostas à questão 1 do Ellery e do Mansueto se completam e dão um bom panorama. Com relação à questão 2, também fico com as deles. Na questão 3, a visão do Mansueto é bem original, ao encarar a desoneração tributária como uma política anticíclica, uma vez que a cada dia as previsões de crescimento do PIB para esse ano são mais pessimistas. Escolho a dele, portanto.

    Sobre a desoneração e o crédito, gostaria de acrescentar que, embora concorde que a restrição ao crescimento no Brasil seja majoritariamente do lado da oferta (Mansueto e Ellery ressaltam o fato de o governo estar beneficiando setores selecionados, como o automobilístico e o de eletros linha branca), penso que a nossa demanda interna, pelo menos do lado das famílias, é muito sustentada pelo crédito barato. E isto, como os próprios entrevistados disseram, pode virar um tiro no pé do governo (vide o que aconteceu com os subprime nos EUA).

    Ciente disto, o Banco Central está reduzindo a Selic a cada mês justamente com o intuito de reduzir as taxas de juros dos bancos comerciais (demonstrando preocupação mínima com a inflação, como bem disse Mansueto). Resta saber se a intenção do governo é incentivar a criação de novos empréstimos e/ou diminuir o custo da dívida das famílias que já assumiram financiamentos. Acho mais saudável a última opção, uma vez que uma demanda interna baseada em endividamentos de no mínimo 60 meses não é sólida o suficiente para bancar o crescimento do país.

    Incentivar novos financiamentos de automóveis mas em conjunto com uma política de restrição à concorrência (barreiras à entrada de carros importados) tem tudo para não dar certo.

    Abraços!

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