Os resultados preliminares do Censo de 2010 trazem números interessantes: ano passado, 83% dos domicílios brasileiros possuíam telefone celular, aproximando-se dos 95% que possuem televisão. Dada a constante baixa dos preços e o crescimento exponencial do setor de telefonia móvel (dados recentes mostram crescimento de 40% no acesso móvel em relação ao ano passado), não duvidaria que em pouquíssimo tempo os celulares ultrapassem esses 95% – se isso já não ocorreu.
Hoje, a despeito dos impostos, é possível encontrar um Smartphone por menos de R$80,00 e um Tablet por menos de R$160,00. E o acesso à internet também se tornou mais fácil, com preços antes inimagináveis: em uma operadora, por exemplo, o serviço de internet móvel – no varejo – custa apenas 0,50 centavos pelo dia que você quiser utilizar. Isso é algo fantástico.
É comum ver algumas pessoas clamando pela democratização da mídia. Como justificativa, dizem que as concessões de rádio e televisão estão concentradas nas mãos de poucos. Bom, se era essa a angústia, tranquilize-se. É possível contornar este problema. Tecnicamente, não há mais barreiras para a divulgação da informação. Qualquer brasileiro poderia produzir notícias, entretenimento, conhecimento, seja na forma de “rádio”, “impressa”, ou em vídeo pela internet. E virtualmente todo brasileiro poderia acessá-lo. Para tanto, é preciso reduzir (ou zerar) os impostos dos produtos que permitam à população o acesso a esta nova realidade. Como diz uma passagem de um boletim do IPEA:
Assim, democratizar a mídia não passa pelo financiamento público de meios de comunicação para a propaganda ideológica ou partidária, como alguns discursos podem deixar a entender. Permitir que todos possam produzir e acessar informações, além de escolher livremente aquilo que querem ou não ler, assistir, ou ouvir: eis o início de uma verdadeira democratização da mídia.