Hoje Milton Friedman faria 100 anos. Vale à pena tirar um momento para alguns dos diversos vídeos elencados no canal Free to Choose e ver um dos mais argutos economistas em ação. Deixo abaixo dois do Tyranny of Status Quo:
Mês: julho 2012
Propostas de casamento extravagantes
Qual o sentido econômico de uma proposta de casamento extravagante? Al Roth traz uma matéria que explica por que alguns noivos fazem isso: é uma forma de sinalização, para a noiva, amigos e família, de que o noivo está realmente disposto a abandonar seu estilo de vida antigo e constituir uma família.
A inflação na Argentina
Alexandre Schwartsman discute o “milagre” argentino mostrando que, ou os hermanos estão na vanguarda da eficiência energética, ou há algo estranho nas contas nacionais argentinas. Apesar de não existir dúvida sobre qual a alternativa mais provável, sempre é bom coletar mais evidências. Hoje me alertaram sobre o artigo de Cavallo, do primeiro trimestre deste ano, Online and Official Price Indexes: Measuring Argentina’s Inflation. O autor constrói índices de preços on-line com base nos sites de grandes supermercados da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Venezuela. Resultado: nos quatro últimos países o índice on-line se comporta de maneira semelhante ao índice oficial. Na Argentina, nos pouco mais de três anos da amostra, o índice on-line cresceu 100%, mas o oficial “apenas” 35%.
PS: a ideia do índice é simples e poderosa. Temei IBGE.
A Economia inveja a Física?
Economic Logic criticando ironicamente um artigo de econofísica. E, também, argumentando que a Economia não inveja a Física, como muitos acreditam.
Memes para economistas
Sim, alguém perdeu tempo procrastinou criando isso.
Meu favorito Alguns favoritos:
Via Marginal Revolution.
Entrevistas com Economistas: a década de 70 está de volta – II
Econometria (na sua maior parte) inofensiva
A controvérsia PUC-RJ vs Reinaldo Azevedo acabou por trazer à tona os nomes de Angrist e Pischke, que têm ganhado bastante destaque recentemente. Ambos são autores de um livro que tem recebido atenção dos praticantes, Mostly Harmless Econometrics: An Empiricist’s Companion. O livro basicamente trata do uso da regressão linear em contextos de experimentos naturais ou mudanças de políticas públicas (“quase experimentais”), discorrendo sobre o uso de variáveis instrumentais e differences-in-differences. Eles também tratam de dois temas bastante recentes que são a quantile regression e regression discontinuity design.
Tal qual os livros Poor Economics e Why Nations Fail, os autores mantêm um site e blog homônimo ao livro.
PS: percebi que provavelmente serão mencionados diversos livros no blog, então agora há uma nova categoria “livros” que facilita a busca.
PS2: como todos os livros citados acima, este também possui uma versão em Kindle na Amazon. Esta é a versão que eu tenho, bastante prática mas formatação péssima.
Entrevistas com Economistas: a década de 70 está de volta?
Adolfo Sachsida entrevista:
– Roberto Ellery;
– Alexandre Schwartsman;
– Mansueto Almeida;
– Leonardo Monastério.
As perguntas são as mesmas para todos, referentes a um possível retorno às políticas dos anos 70 que resultaram, posteriormente, na “década perdida” dos anos 80. Eu recomendaria ao Adolfo entrevistar também o Bernardo Mueller, se já não estiver em seus planos.
Guido Mantega sobre o Plano Real em 1994
Mailson da Nóbrega aponta para este artigo do Guido Mantega escrito para a Folha em 1994. Surreal.
Confusão eterna! A “descoberta” do Bóson de Higgs
Como havíamos falado em post anterior, quase todo mundo confunde o significado dos p-valores ou intervalos de confiança. E não é que lendo a matéria da FAPESP sobre o bóson de Higgs, uma notícia de uma agência de financiamento oficial, vemos a mesma confusão!
Na física das partículas, 5 Sigma indica 99,9% de probabilidade de o resultado da medida estar correto e de que há uma chance em 1,75 milhão de se tratar de um desvio estatístico.
A interpretação correta aqui é de que, caso o resultado fosse derivado de um “desvio estatístico”, isto é, caso o resultado fosse derivado apenas por sorte, as chances de se obter uma observação tão extrema ou mais extrema do que a observada pelos cientistas seria de uma em 1,75 milhão. Isso não é a mesma coisa de dizer que “há uma chance em 1,75 milhão de se tratar de um desvio estatístico”.