Os dados do Censo de Capitais Estrangeiros no País, em 2010, trouxeram a distribuição do Investimento Estrangeiro Direto (IED) na indústria por Unidade da Federação (UF).
Somente da Indústria? E como foi feita a distribuição? Aqui voltamos ao que já dissemos sobre erro de medida (ver aqui, aqui, aqui e aqui, por exemplo). Distribuir o estoque investimento estrangeiro por UF é algo complicado, sujeito a erros diversos, tanto ao se definir a metodologia, quanto ao se mensurar o valor. No censo de 1995, por exemplo, os dados foram distribuídos por estado “[…] tomando por base o endereço da sede da empresa”. Será que essa é uma boa medida? Depende.
Percebe-se que uma indústria que concentre o grosso da sua estrutura produtiva no Pará, mas que tenha sede em São Paulo, será considerada um investimento nesta última UF. Se a intenção é medir onde se encontra o centro administrativo, esta medida poderá ser boa. Todavia, se intenção é medir onde se encontram as unidades produtivas, esta medida terá, talvez, distorções significativas. Qual a melhor forma, então, de se distribuírem os investimentos por estado? Pela localização da sede? Pela localização do ativo imobilizado? Pela distribuição dos funcionários? Particularmente, acho que não existe uma métrica única que se sobressaia às demais – a melhor opção depende do uso que você irá fazer da estatística.
Voltando ao Censo, a pesquisa passou a considerar a distribuição do ativo imobilizado como critério para alocação do IED – e apenas para a indústria . Os declarantes distribuíram percentualmente o seu imobilizado pelos diferentes estados e isso foi utilizado para ponderar o investimento direto pelas UF’s.
Segue abaixo mapa do Brasil com a distribuição do IED da indústria por Unidade Federativa:

Para aprender a fazer o mapa, veja aqui.
Curtir isso:
Curtir Carregando...